O que classifica áreas de risco em estradas e cidades?

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Passar por áreas de risco em estradas é um dos medos que assombram os responsáveis pelo setor logístico. As turbulências que ameaçam as mercadorias transportadas trazem perigo tanto para o condutor quanto para os outros ocupantes das vias, sem contar com os prejuízos para a empresa e o cliente.

Você sabe quais são os maiores riscos durante o percurso no transporte de carga? O que você está fazendo para se prevenir contra esse tipo de problema?

No post de hoje, vamos abordar o que classifica as estradas e cidades como perigosas, mostrando de que forma estar alerta e preparado para os perigos que podem surgir. Continue lendo!

O que deve ser analisado antes de traçar a rota?

São diversos os elementos que podem representar ameaças reais para o transporte de cargas. De forma geral, os perigos podem ser divididos em três grupos:

Pavimentação da rodovia

A falta de infraestrutura é uma das maiores reclamações dos motoristas que expõem suas vidas a serviço da empresa. Para se desviar de buracos nas estradas, o caminhão é o meio de transporte que mais enfrenta dificuldades.

Peso e tamanho se refletem na problemática da redução da velocidade, aumentando o risco de acidentes. Trechos despreparados acabam reduzindo a vida útil do veículo.

Sinalização

Quem pensa que o alcoolismo é o único causador de acidentes de trânsito está enganado. A falta de sinalização apropriada é tão grave quanto o desrespeito a ela.

Infelizmente, o trânsito continua sendo um dos líderes de causas de mortes no país. Placas são exemplos de utensílios de extrema importância para o motorista, assim como semáforos. Toda sinalização de trânsito tem sua utilidade, e a precariedade nesse sentido eleva o perigo.

Geometria da via

A geometria é outro problema, principalmente, em rodovias. O Brasil apresenta muitos trechos classificados como “péssimos” e “ruins” quanto a essa característica. Portanto, na hora de planejar a rota, é preciso tentar se desviar de traçados irregulares, como curvas e inclinações.

Quais são os principais riscos para o transporte de cargas?

O risco começa antes mesmo da viagem, no momento da emissão dos documentos, com a análise do veículo e do motorista.

Por parte do veículo, é feita a conferência para saber se tudo está conforme a lei. Para o motorista, aplica-se a mesma lógica. É feita uma pesquisa que busca informações criminais e de crédito antes da aprovação da participação do motorista no transporte. Esse é um serviço obrigatório por parte da seguradora. A partir daí, o risco pode ser dividido nas seguintes categorias:

Risco de roubo e furto

Aqui, inúmeras variáveis vão definir o que é uma área de risco em estradas. A primeira delas é a carga, ou seja, o produto que vai ser transportado e em que tipo de operação esse produto será transportado: se é uma operação de transferência, quando a carga vai do ponto A ao ponto B, sem interrupções, ou se é uma operação de distribuição, quando há paradas no trajeto.

Outra variável é a localização. O sul do país, por exemplo, é conhecido por oferecer risco ao transporte de bobina de aço e bobina de tecido, justamente porque há muitas empresas que usam esses produtos na região. É fácil roubar esse tipo de carga e, em pouco tempo, ela será distribuída. Existe uma relação entre a região e o produto que deve ser levada em consideração.

A presença de anéis viários na rota é outro fator que classifica áreas de risco. Esse tipo de rodovia facilita a fuga de quadrilhas especializadas em roubo e furto de cargas.

Para tentar minimizar o risco, nas apólices de seguro que tratam de roubo de carga, há uma definição que todos os pontos em um raio de 200 km das capitais são áreas de risco, por isso, nenhum caminhão deve fazer paradas nesse perímetro.

Risco de acidente e avaria

As apólices de seguro geralmente não delimitam as áreas de risco em estradas para acidentes e avaria, mas os gerenciadores podem fazer isso. Para um cliente que precisa transportar carros 0 km, é interessante que esses veículos cheguem ao destino sem nenhum dano.

Rodovias que têm vegetação atravessando a pista, portanto, devem ser evitadas. Quando há o registro de um acidente, é feito um estudo para mapear locais onde houve alguma ocorrência.

Com essa análise, é possível delimitar o acesso de um veículo que transporta uma carga que precisa de cuidado maior, além de identificar vias com trechos sinuosos, com presença de ponte, inclinação de curva, além de sinalização da rodovia.

Se existe a presença de mananciais ou áreas de proteção, por exemplo, o transporte de produtos químicos vai exigir um plano específico. Muitas vezes, o produto tem baixo valor, mas se houver um acidente, e a carga atingir um rio ou uma área de preservação, a multa ambiental é enorme.

Empresas que transportam produtos químicos precisam de um plano específico sobre áreas de risco em estradas. Cabe à companhia entender os riscos de cada operação e preparar um plano de acordo com cada um deles.

Vale a pena ressaltar que quando o trajeto considerado envolve o Rio de Janeiro, é preciso pensar um pouco melhor.

Atualmente, o estado é uma grande área de risco, e todas as atuações são tratadas de forma diferente. Toda carga que entra no Rio de Janeiro tem altíssimo risco de roubo. Por isso, os cuidados devem ser redobrados.

Quais medidas devem ser tomadas de forma preventiva?

Planejar a rota

Além de trazer melhorias para o desempenho da viagem, o planejamento da rota possibilita que o condutor evite áreas com histórico de ocorrência de criminalidade. Pistas com má conservação e trechos longos, sem locais seguros de parada, também podem ser contornados.

Respeitar os limites do veículo

O peso excessivo em um caminhão pode forçar os componentes mecânicos, comprometendo as capacidades do veículo. Como consequência, peças podem quebrar, o motor pode superaquecer, e os freios podem perder a eficiência.

Realizar manutenções preventivas

A manutenção preventiva é fundamental para que imprevistos relacionados a quebras e falhas mecânicas não atrapalhem o processo, deixando o motorista na mão em uma cidade ou estrada arriscada.

Preze por utilizar equipamentos corretos e peças originais, deixando esse serviço para equipes especializadas. 

Contratar um seguro

Transportar uma carga sem um seguro sobre o veículo é o mesmo que colocar esse processo a mercê da sorte. O seguro é uma ferramenta fundamental para a proteção do meio de transporte em caso de ocorrências.

Evitar caronas e não parar para ajudar

Infelizmente, ser solidário com pessoas na estrada pode sair caro para todo mundo. Isso porque os criminosos costumam utilizar essa ação como uma estratégia para praticarem assaltos ou golpes.

Crianças e mulheres podem ser utilizados como verdadeiras “iscas” para introduzir uma abordagem. Por isso, é importante que o seu condutor seja treinado para só parar quando o planejamento prever.

Percebeu como a segurança dos transportes é essencial no exercício da profissão? Se você aprendeu com este artigo sobre áreas de risco em estradas, assine nossa newsletter e fique por dentro das notícias do mercado. Vamos lá!

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