A gestão de pneus constitui uma parte essencial do trabalho de manutenção em uma frota comercial, independentemente do tipo de veículo. Além de reforçar a segurança nas estradas, esse cuidado proporciona vários benefícios para o gerenciamento, como a redução de custos e o aprimoramento da eficiência.
Isso porque, por meio dela, o gestor consegue contrastar a longevidade dos pneus conforme as orientações dos fabricantes, identificar de forma simples as condições de utilização, monitorar a vida útil e prevenir desvios e roubos.
Para esclarecer as principais dúvidas sobre o tema, neste artigo apresentaremos um manual sucinto sobre a gestão de pneus e seu impacto para empresas que possuem frotas, abordando desde a sua importância e vantagens até as boas práticas nesse procedimento. Acompanhe para saber mais!
Por que é importante realizar a gestão de pneus?
O fato é que os gastos com pneus representam aproximadamente 8% das despesas totais da frota. Esse custo só fica abaixo dos gastos com combustível e manutenção, conforme indicado pelo levantamento realizado pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP). Nesse sentido, é imperativo adotar práticas adequadas no que diz respeito ao uso desses componentes.
A gestão eficiente dos pneus visa, principalmente, prolongar sua durabilidade, o que resulta em maior economia e eficácia no cotidiano operacional da frota. Além de ser uma medida de segurança, essa abordagem oferece vantagens, como a redução no consumo de gasolina e a minimização da necessidade de substituição dos pneus.
Como realizar essa etapa?
Tudo tem início com a seleção do produto mais apropriado para sua atividade comercial. A escolha do tipo de caminhão, sua direção, bem como o tipo de carga transportada e o tempo de uso diário são fatores cruciais a serem considerados no momento da aquisição.
Afinal, registrar o desempenho dos produtos utilizados assume relevância significativa, pois essas informações fornecerão dados valiosos para embasar decisões futuras. Portanto, é fundamental anotar informações específicas, como marca, dimensões, durabilidade, modelo e motivo de substituição.
Recomendamos, primeiramente nesse processo, a prática de rodízio de pneus nos veículos, visando alcançar um desgaste mais equilibrado. Esse procedimento não apenas favorece a suspensão do veículo, mas também contribui para a redução do consumo de combustível. Uma estratégia eficaz é alternar os pneus traseiros com os dianteiros a cada 10 mil quilômetros percorridos. Além disso, é importante criar um registro de verificação diária que inclua:
- ajuste da pressão dos pneus;
- manutenção da limpeza;
- verificação de desgaste não uniforme;
- observação de perda de aderência;
- identificação de vibrações e eventuais ruídos;
- avaliação da suspensão;
- verificação do alinhamento;
- inspeção da banda de rodagem.
Quais são as vantagens em realizar a gestão de pneus?
Na operação de transporte de cargas, os pneus exercem três funções fundamentais: proporcionam a tração, facilitam a frenagem e asseguram a dirigibilidade do veículo em variadas condições.
Assim sendo, a manutenção adequada desses componentes é um fator determinante em termos de segurança, tanto para o motorista quanto para a carga transportada. Esse cuidado, por conseguinte, contribui de maneira crucial para compreender seu papel estratégico na excelência dos serviços logísticos e garante os seguintes benefícios:
- redução de custos — esse é um processo vital para o funcionamento logístico e proporciona excelente custo-benefício final;
- maior durabilidade — quando os pneus são preservados em condições ideais para circulação, sua durabilidade aumenta, no que resulta na diminuição da necessidade de substituição com frequência;
- maior segurança nas viagens —um pneu descalibrado afeta significativamente o funcionamento do sistema de eixos e suspensão, além de criar desequilíbrios durante curvas acentuadas. Portanto, a adoção de medidas preventivas contribui para reduzir reparos que possam resultar na inatividade do veículo.
- diminui o consumo de combustível — uma calibragem adequada resulta em uma notável redução dos gastos com gasolina, pois diminui a resistência ao rolamento, aliviando o esforço demandado pelo sistema do motor e da ignição.
Quais são as boas práticas nesse gerenciamento?
Separamos os principais pontos que não devem ser negligenciados para uma boa gestão de pneus. Acompanhe.
1. Faça o controle de rotas
Essa prática é uma ferramenta importante para a gestão, pois permite identificar as rotas que mais desgastam os pneus. Para isso, é importante realizar uma análise estratégica dos dados em tempo real provenientes do monitoramento de cargas pela transportadora. É fundamental contar com um software especializado para fornecer dados em tempo real para melhores alinhamentos.
2. Execute o balanceamento, a calibragem e o alinhamento
Para ampliar a vida útil dos pneus, é crucial executar regularmente as práticas de alinhamento e balanceamento dos veículos, além de realizar a calibragem dos pneus.
A calibragem dos pneus é recomendada a cada duas semanas ou antes de viagens de longa distância. Esse procedimento, além de ser rápido, fortalece a durabilidade e estabilidade dos pneus, minimizando o desgaste das peças e contribuindo para a economia de combustível.
Quanto ao alinhamento e balanceamento, é indicado realizá-los a cada intervalo de 10 a 15 mil quilômetros percorridos.
Esses métodos também contribuem para estender a durabilidade dos pneus, já que um veículo desbalanceado tende a perder estabilidade e aderência, levando a um desgaste irregular do composto de borracha.
É igualmente crucial realizar inspeções regulares no estado de cada pneu. Os sulcos dos pneus, por exemplo, devem possuir uma profundidade mínima de 1,6 milímetros.
3. Realize o rodízio
Essa é uma das medidas mais importantes que, inclusive, destacamos no início do nosso artigo. Isso porque visa aprimorar a longevidade dos pneus e promove uma maior estabilidade do veículo durante curvas e ao frear.
É importante observar que diferentes tipos de pneus apresentam variados níveis de desgaste. Por exemplo, a maioria dos carros possui motor e tração na parte dianteira, resultando em uma deterioração mais acentuada em um dos eixos.
Por outro lado, nos caminhões, a degradação tende a ser mais pronunciada nos eixos de tração devido à carga transportada e ao peso concentrado nesses componentes. O rodízio nesses veículos pode envolver a movimentação de tração para eixos que não suportam tanto carregamento, buscando distribuir melhor o desgaste ao longo de todos os pneus do veículo.
4. Faça treinamentos de direção defensiva
Os condutores têm um papel fundamental na manutenção adequada. Dessa forma, os treinamentos de direção defensiva são uma importante ferramenta para a gestão de pneus, pois ajudam os funcionários a desenvolver hábitos de direção que contribuem para a redução do desgaste.
Aqui estão alguns dos benefícios dessa prática para maior durabilidade:
- redução de freadas bruscas e acelerações repentinas;
- noção ao lidar com curvas acentuadas;
- melhor gerenciamento de velocidade em estradas esburacadas.
Em suma, executar uma eficiente gestão de pneus não se revela uma atividade complexa. Porém, como foi ilustrado, trata-se de uma medida essencial. Realize inspeções periódicas, mantenha um registro detalhado de cada veículo e avalie a possibilidade de recondicionamento das peças, visto que é viável economizar sem comprometer a segurança.
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