Transporte de veículos em prancha: sua empresa comete esses 5 erros?

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O transporte de veículos novos — caminhões, ônibus e chassis para ônibus — pelas estradas, geralmente, é feito em caminhão prancha, que se caracteriza pelo seu grande comprimento e por sua estrutura própria para esse processo.

Para esse tipo de carregamento, é necessário a utilização de pistões hidráulicos e remontes específicos para suportar e assegurar que os veículos sejam transportados com o máximo nível de segurança.

Todavia, para que o transporte de veículos em prancha seja feito de modo apropriado, requisitos técnicos e legais precisam ser levados em consideração. Caso contrário, há riscos de ocorrer imprevistos que podem prejudicar o envio.

Para evitar esses desafios, é preciso saber quais são os erros mais comuns que os provocam. Por isso, separamos adiante cinco dos principais. Não deixe de conferir!

1. Não calcular a dimensão dos veículos transportados

Não calcular a dimensão dos veículos que serão transportados é um dos grandes erros de concessionárias e até de operadores logísticos. É preciso saber exatamente quanto mede cada carro, ônibus ou caminhão que será enviado para se escolher adequadamente a carreta prancha que fará o transporte.

É preciso ter uma visão geral e também específica sobre as capacidades e medidas da carga. Uma carreta prancha que leva três caminhões de cabine frontal poderá não ser o suficiente para três de cabine avançada. Obviamente, o segundo grupo poderá ocupar mais espaço.

2. Não considerar o peso dos veículos sobre o caminhão prancha

Por lei, para cada tipo de caminhão existe um limite de peso. Essa norma deve ser respeitada não somente por questões legislativas, mas também pela própria segurança do processo de transporte de cargas em geral. Isso porque a sua não consideração pode levar ao excesso peso no caminhão prancha, causando problemas como:

O comprometimento da mecânica do caminhão

Transportar uma grande quantidade de peso é uma péssima medida para a própria mecânica do veículo. O excesso de carga exige mais força do caminhão, pois, assim, ele precisará se desgastar bastante para sair da inércia e transportar aquela carga toda comprometendo toda a sua mecânica.

Aumenta a possibilidade de multa

No Brasil, o excesso de peso é classificado como infração e, inclusive, está prevista no Código Brasileiro de Trânsito (CTB).

De acordo com a resolução do Contran, a tolerância de carga chega a, no máximo, 5% do limite de peso bruto total (PBT). Apenas sobre esse limite o caminhão poderá passar pelas balanças rodoviárias de todo o país sem nenhum tipo de multa ou penalização.

Amplia as chances de tombamento

O tombamento de um caminhão é um dos maiores pesadelos para quem trabalha com o transporte de cargas. Além causar prejuízos com a perda e avarias de toda a carga, ele também coloca em risco a vida do motorista e a de outras pessoas.

Desgasta as rodovias

O excesso de peso em caminhões provoca o desgaste em rodovias, o que aumenta o número de buracos na pista dificultando o tráfego de todas as outras pessoas. Quando o seu tráfego se torna insustentável é preciso que o governo entre em ação para melhorar as suas condições, o que representa em gastos públicos e grandes investimentos.

Compromete a performance do caminhão

Um caminhão muito pesado não responde com a mesma eficiência que se estivesse em seu peso normal, o que interfere na sua capacidade de resposta. Caso precise frear, é necessário investir em um pouco mais de força e pressão sobre os pneus do que se estivesse mais leve.

3. Não levar em conta a vida útil dos pneus

De todo o veículo, os pneus são as únicas partes do caminhão que têm contato direto com a via. Além de absorverem choques e irregularidades da pista, eles são imprescindíveis para uma boa direção. A gestão correta dos pneus é muito importante para os transportadores.

De acordo com o instrutor do SEST SENAT, Roberto Menezes Júnior, condutas adequadas e seguras na direção ajudam a aumentar a vida útil dos pneus e a reduzir o consumo de combustível, além, é claro, de aumentar a segurança. “O pneu é a segunda maior despesa do transportador, depois do combustível”.

Por isso, não levar em conta a vida útil dos pneus aumenta os seus gastos com manutenção e promove uma direção arriscada nas estradas. Portanto, é necessário observar alguns pontos de cuidado com os pneus, como:

  • calibragem;
  • rodízio, balanceamento e geometria dos pneus;
  • frenagem suave;
  • não exceder a carga;
  • recapagem.

4. Não cumprir as normas do CONTRAN para o transporte de veículos

O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) instituiu normas que devem ser seguidas pelos veículos longos — chamados de Combinações de Transporte de Veículos (CTV) e Combinações de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP).

Muitos equipamentos só podem trafegar se cumprirem algumas dessas exigências legais. Por exemplo, a partir de uma determinada altura, largura e comprimento, todo veículo precisa de uma Autorização Especial de Trânsito (AET), que tem validade de um ano. Para obtê-la, é preciso reunir documentos específicos do conjunto e submetê-los a uma autoridade competente da área.

Trafegar sem a AET ou com a licença expirada pode causar problemas com a legislação. Para se informar melhor sobre a documentação exigida, e sobre as medidas de veículos e restrições correlacionadas, é importante verificar a Resolução do CONTRAN n° 305.

5. Não respeitar a legislação e os requisitos de segurança

Na própria resolução existem exigências que devem ser respeitadas para garantir a segurança no transporte de veículos em prancha. Uma delas é que os CTVs e as CTVPs só podem trafegar do amanhecer ao pôr do sol, sendo que a velocidade máxima permitida é de 80 hm/h.

Contudo há exceções. Combinações que tenham comprimento de no máximo 19,80 m, não precisam seguir a restrição quanto ao horário de circulação.

O tráfego noturno de combinações com mais de 19,80 até 22,40 m é admitido em vias com pista dupla, de duplo sentido de circulação e que apresentem separadores físicos.

Também é permitida a circulação noturna em trechos rodoviários de via simples que estejam vazios ou desde que o veículo transporte carga apenas na plataforma inferior. Ela deve se encontrar adequadamente ancorada e a sinalização do equipamento transportador precisa estar toda ativada.

Desrespeitar qualquer uma dessas normas pode trazer problemas para à organização, gerando entraves no envio dos veículos para os clientes. Além disso, a segurança pode ser comprometida, com chances de gerar um grande prejuízo — já que a carga transportada é valiosa. Portanto, evite errar nesse ponto.

Uma solução para evitar esses problemas com o transporte de veículos em prancha é a contratação de uma empresa de transportes especializada. É importante que ela conte com experiência no ramo e disponha de processos que simplifiquem e tornem mais eficientes os envios.

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4 comentários em “Transporte de veículos em prancha: sua empresa comete esses 5 erros?

  1. Nossa, ótima matéria. É extremamente necessário ensinar funcionários e colaboradores, a ficarem atentos as regras e não cometerem erros. Afinal, quando transportamos alguma carga na carreta prancha rebaixada, é necessário um planejamento prévio para que não ocorra problemas, e estar atento ao peso e inúmeros fatores.

    Espero ter complementado a matérias.

    Fonte: http://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/transportadores_elevacao_e_manipulacao_industrial/snj-transportes/produtos/transportadores-elevacao-e-manipulacao/carreta-prancha-rebaixada

  2. Preciso de cotação de frete que transporte uma Escavadeira Hidráulica de 40 toneladas.
    Retirada em Pederneiras até São José dos Campos.

    Priscila Arlindo

    Atenciosamente.

  3. Ola!boa tarde
    Sou o Patrick e queria saber se vocês fazem frete de mercadorias de grande escala
    Origem:imperatriz
    Destino:paragominas PA

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