Existem vários fatores que podem influenciar o valor final do frete cobrado em uma transportadora, sendo que muitas situações fogem do controle da empresa e de seus motoristas — como as condições inadequadas de certas rodovias ou problemas encontrados no momento da entrega.
Por exemplo, o transporte de mercadorias em estradas de terra, que torna o percurso mais lento, com maiores riscos ao caminhão e aos seus motoristas, certamente tornará o serviço mais custoso. Nesse cenário, uma taxa ganha destaque, a TDA, que é aplicada justamente para a prevenção de problemas quando o destino final da carga passa por uma região com piores condições estruturais.
Para que você entenda o funcionamento do transporte em más condições e os impactos no valor final, neste post, vamos entender como funciona o frete em estradas asfaltadas e de terra. Confira!
Como as condições das estradas influenciam o valor do frete?
Embora nos grandes centros urbanos do Brasil a maioria das estradas sejam asfaltadas e apresentem boas condições, em regiões mais remotas, ainda há uma série de rodovias onde não há conservação ideal para a boa rodagem. Isso, além de impedir que os produtos cheguem ao seu destino no tempo certo, atrapalha o planejamento da própria transportadora.
É por esse motivo que pode haver uma diferença marcante nos valores finais de frete em estradas asfaltadas e de terra. Ao ficar mais dias rodando, os gastos com o veículo e com o motorista aumentam e a transportadora precisa repassar esses eventuais custos. Nesse cenário, uma taxa se destaca, a TDA, e é sobre ela que falaremos a seguir. Continue a leitura!
O que é TDA?
A Taxa de Difícil Acesso, TDA, é uma porcentagem cobrada para atenuar os gastos e riscos que o caminhão correrá ao transitar por áreas menos conservadas — estradas esburacadas, de terra, vias com subidas íngreme, vielas estreitas, lugares alagados, entre outras más condições. São fatores que tornam a entrega mais difícil e que precisam ser levados em conta na hora da precificação.
É só analisarmos que, ao enfrentar viagens para destinos com estradas em condições desfavoráveis, o veículo terá uma maior exigência do motor, seus componentes ficarão mais desgastados, com risco à integridade do caminhão, além do acúmulo de sujeiras grossas e a possibilidade de panes. Cabe aos transportadores se anteciparem à possibilidade desses custos excepcionais, já na fonte.
Como é feita a cobrança da TDA?
Por ser uma taxa sem um padrão ou cálculo pré-definido, a TDA deve ser elaborada com base na negociação feita entre o embarcador e o transportador. Nesse cenário, a TDA pode ser cobrada de maneiras distintas:
- por percentual de frete;
- por valor fixo;
- por percentual de hora;
- por peso.
TDA e TDE são a mesma coisa?
Embora haja semelhanças no conceito, TDA e TDE — Taxa de Dificuldade de Entrega — não são a mesma coisa, ou seja, uma não substitui a outra. A TDE está ligada a problemas que a transportadora pode encontrar no momento da entrega, que geram despesas adicionais, por exemplo:
- recebimento precário, sem organização, com longa fila de espera e demora para descarregar a mercadoria;
- quando há a necessidade de um número de pessoas maior do que a equipe original para o procedimento de carga e descarga;
- recebimento de mercadorias em horários além do tradicional ou comercial;
- demais situações em que as condições acordadas em contrato sejam superadas, elevando os custos operacionais da transportadora.
Desse modo, podemos dizer que a TDE não leva em conta a dificuldade da região, como condições de estradas e riscos da localização do destinatário, mas fatores operacionais. Isso significa que, em alguns casos, as duas taxas podem ser cobradas juntas.
Quais tipos de frete existem?
Sabemos que as condições da estrada e dificuldades na entrega podem tornar o frete mais caro, mas precisamos entender como esse frete é cobrado. Isso porque o frete não é uma cobrança padronizada, há tipos diferentes, que incidem sobre quesitos distintos.
Veja, abaixo, quais são os principais tipos de frete aplicados no mercado:
- CIF — nesse tipo de frete, os custos ficam 100% a cargo do vendedor;
- FOB — nesse modelo de frete, é o cliente que arca com todas as despesas e riscos;
- Normal — que é o modelo padrão de cobrança de frete;
- Subcontratação — um modelo bastante utilizado no mercado atual e acontece quando a transportadora terceiriza o transporte;
- Redespacho e redespacho intermediário — em que o cálculo do frete é feito por duas transportadoras.
Como é realizado o cálculo do frete?
Neste post, relatamos a diferença entre frete em estradas asfaltadas e de terra, com foco na TDA. Porém, para o cálculo final do frete, além da TDA e da TDE, há outras taxas e impostos que devem ser considerados. Neste tópico, vamos listar os principais, veja abaixo quais são:
- cubagem — cálculo que leva em consideração o peso e volume de uma mercadoria para garantir que haja o melhor aproveitamento do espaço no veículo;
- ad valorem — também chamado de Frete Valor, é um percentual cobrado com o objetivo de atenuar eventuais riscos em relação à segurança do veículo e proteção da carga;
- GRIS — é a sigla para Gerenciamento de Risco, uma taxa que tem como foco a cobertura de custos com a segurança contra o roubo de cargas;
- ICMS — é um imposto estadual que pode incidir sobre os fretes e que é cobrado de maneiras distintas, de acordo com a unidade federativa;
- ISS — o imposto sobre serviço é um tributo municipal, que pode incidir sobre o frete;
- EMEX — a Taxa de Emergência Excepcional é uma porcentagem cobrada para fretes realizados em região de alto índice de violência e que pode resultar em um aumento de 1,5% no valor final.
Esperamos que, após a leitura deste post, você tenha entendido as diferenças entre o frete em estradas asfaltadas e de terra. Existe uma série de nuances que formam o preço final repassado ao cliente, as condições de estrada estão entre os fatores determinantes para que exista um valor mais elevado. Em um país como o Brasil, onde a maioria das mercadorias circula via modal rodoviário, a construção de boas estradas e a conservação delas deve ser prioridade.
Gostou do post? Então, siga a gente nas redes socais e receba em primeira mão as nossas promoções e novidades. Estamos no Facebook, Instagram, Youtube e LinkedIn.