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Saiba como fazer o transporte de alimentos com segurança

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Os processos logísticos são uma etapa crucial para o bom desempenho de qualquer negócio. E, no transporte de alimentos, é preciso lidar com uma legislação ainda mais rígida para que os produtos cheguem até o destino em boa qualidade e sem perder a data de validade de consumo. 

Assim, é importante que o gestor crie um planejamento detalhado sobre a estrutura ideal, condições de higiene indispensáveis, entre outros fatores que asseguram a eficiência operacional necessária. Só assim será possível alcançar os melhores resultados.

Quer saber mais? Acompanhe, neste post, dicas de como fazer o transporte de alimentos com segurança e evitar falhas. Boa leitura!

O que a legislação fala sobre o transporte de alimentos?

O transporte de alimentos traz uma série de desafios que fazem as empresas envolvidas no ramo se desdobrarem para encontrar soluções viáveis. O principal, nesse caso, está na etapa da logística de transporte, com foco em evitar perdas e em atender todas as exigências da legislação para que a mercadoria permaneça segura.

De maneira prática, as cargas são divididas em duas categorias: perecíveis e não perecíveis. A partir daí, a empresa que realiza esse trabalho de transporte deve redobrar a atenção para atender às regras que se aplicam a cada uma delas.

Para os alimentos perecíveis, por exemplo, é exigido que todos os materiais usados na proteção e fixação da carga sejam de plástico e corda, e desinfetados antes do uso.

Por isso, é indispensável conferir as regulamentações que se aplicam a cada tipo de carga em específico. No transporte de alimentos industrializados, deve-se considerar o que está regulamentado na Portaria SVS/MS nº326, de 30 de julho de 1997, e Resolução-RDC Anvisa nº275, de 21 de outubro de 2002.

Outra dica relevante é consultar os serviços de vigilância sanitária dos estados, municípios e do Distrito Federal, uma vez que eles são competentes para estabelecer normas, em caráter suplementar. 

Ademais, os municípios também são responsáveis por normatizar as ações e serviços complementares nesse âmbito de atuação. Portanto, não existe uma regra única que se aplique a todos os casos. As equipes encarregadas pelo transporte de alimentos precisam se manter atualizadas sobre todas as legislações que regulamentam seu trabalho.

Fiscalização

A fiscalização do transporte de alimentos, propriamente dita, é feita pela pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que orienta o trabalho de fiscalização pelas duas normas mencionadas acima: a Portaria nº 326, da Secretária de Vigilância Sanitária, e a Resolução da Anvisa nº 275.

No que diz respeito às regras estabelecidas pela Vigilância Sanitária, o foco está em requisitos gerais de medidas de higiene, cuidados no processo de fabricação, definição completa e limpeza dos itens. 

Tais operações giram em torno de garantir que a manipulação e o armazenamento de alimentos aconteçam com controles rígidos. Além disso, destacam como medida crucial o investimento em conservação, refrigeração e equipamentos especiais para evitar putrefação.

Resolução Anvisa

A Resolução da Anvisa, por sua vez, exige um processo padronizado de qualidade para as empresas que manipulam e transportam alimentos. Trata-se de um regulamento técnico de procedimentos operacionais que avalia pontos como: 

  • a limpeza do veículo usado no transporte; 
  • a preservação da integridade do produto (critérios que impedem o surgimento de vetores e pragas); 
  • a existência de outras cargas em conjunto que prejudicam o alimento.

Além disso, a Anvisa recomenda que os estabelecimentos contem com guias de boas práticas e regras sobre o manuseio de alimentos em diferentes níveis. Em alguns casos, eles são conhecidos como POP (Procedimento Operacional Padrão). 

O intuito é deixar claros para os colaboradores da logística de transporte de carga especial quais são os cuidados estabelecidos pelo POP sobre o assunto. De modo que cada um dos funcionários fique ciente das suas atribuições e responsabilidades.

Quais são as categorias de transporte de alimentos?

Acima de tudo, o objetivo de quem trabalha com o transporte de alimentos é garantir a segurança e a qualidade das cargas até que sejam entregues aos seus destinatários. E, para obter sucesso nessa tarefa, é importante compreender que cada item transportado tem suas peculiaridades e exige cuidados específicos.

Além da divisão entre perecíveis e não perecíveis, também devem ser consideradas as seguintes categorias.

Cargas frigoríficas ou refrigeradas

É um tipo de carga que exige uma temperatura ideal. Portanto, além de ocorrer em veículos específicos, é importante se atentar ao controle de temperatura durante todo o processo logístico, ou seja, do início ao fim da rota.

Nesse grupo, estão incluídos os alimentos com ciclo de vida curto, como verduras, legumes, laticínios e frutas. Mas, além da climatização, eles dependem de outras medidas preventivas: higienização dos caminhões, trajetos mais curtos, entre outras táticas necessárias para evitar contaminações ou perda da qualidade dos produtos.

De acordo com a Anvisa, cada alimento precisa ficar em uma temperatura diferente, sendo abaixo de 10º C para os resfriados, congelados abaixo de 8º C e rapidamente congelado abaixo de 18º C. As carnes bovinas e aves resfriadas, por exemplo, devem ser transportadas com temperaturas entre -15° e -20 °C.

Os alimentos quentes também apresentam exigências especiais. O transporte só pode ser feito em caminhões que permaneçam em temperaturas acima de 60º C. Vale ressaltar que esse tipo de serviço obrigatoriamente precisa ser realizado em recipientes separados e bem vedados.

Cargas vivas

Como o próprio nome já sugere, trata-se de um tipo de carga composta por animais vivos — gado, porcos, aves e afins. Nesse caso, além das especificações técnicas para os caminhões, que devem ter carroceria fechada, com ventilação para entrada de ar e dimensões apropriadas para o tamanho da carga, também é importante que os profissionais que realizaram o trabalho de transporte recebam um treinamento especial. 

A preocupação, aqui, é sempre assegurar um transporte menos penoso aos animais, o que vai ao encontro de uma produção mais sustentável e evita perdas ou diminuição da sua qualidade.

Cargas a granel

As cargas a granel englobam alimentos mais resistentes, que suportam viagens mais longas sem um sistema de refrigeração especial. Elas podem ser divididas em dois grupos: a granel líquido (leite, sucos) e a granel sólido (milho, arroz, feijão, soja).

Os caminhões que executam transporte de granel líquido devem apresentar carroceria com tanque de aço, devidamente higienizado, e com compartimento refrigerado, se o produto transportado tiver essa necessidade. Já no granel sólido, as carrocerias são abertas. 

Quais os principais cuidados a serem tomados?

Como mencionamos, estados e municípios apresentam regras próprias sobre o transporte de alimentos. Então, se a sua empresa atuar em diferentes lugares, o primeiro aspecto a se atentar é a vigilância dessas operações. Isto é, quem são as autoridades locais responsáveis e quais as orientações a serem seguidas.

Para o sucesso do trabalho, acompanhe, a seguir, outros cuidados especiais que são indispensáveis.

Confira as etiquetas

Em meio ao processo de refrigeração, orientação aos colaboradores, custos do frete e prazos, muitas equipes acabam por esquecer a conferência de etiquetas. Elas são fundamentais para que os produtos cheguem em perfeitas condições até o destino e, claro, são exigidas pela fiscalização da Anvisa.

Além de fazer a conferência das etiquetas, faz parte do desafio mantê-las todas legíveis, sem manchas e com informações claras, que façam o produto ser mantido conforme a recomendação de conservação. Caso qualquer problema apareça, torna-se necessário acionar os fabricantes para a regularização das etiquetas e só depois prosseguir com a carga.

Verifique as datas de validade

Lidar com alimentos próximos da data de validade no processo operacional pode trazer diversos problemas. Isso porque, quando acontece algum imprevisto que compromete o prazo de entrega, cabe à transportadora encontrar soluções que impeçam os prejuízos.

O diferencial, aqui, é trabalhar com um processo de conferência de prazos automatizado, o que facilita as etapas e impede falhas. Além disso, a transportadora só deve colocar as cargas em rota quando existir uma boa margem de segurança em relação aos prazos como forma de não comprometer a imagem no mercado.

Monitore a temperatura

Sabemos que alguns alimentos precisam de cuidados extras em relação ao monitoramento da temperatura. Por esse motivo, o ideal é trabalhar com transportadoras que ofereçam equipamentos e veículos especializados no assunto. É uma forma de agregar valor ao serviço e preservar a carga até o destino final.

Para garantir a estabilidade climática necessária, o processo de conferência deve ser bem rigoroso, desde o carregamento até a entrega. Com os veículos adaptados e um controle eficiente, os alimentos podem ser seguramente consumidos, mesmo depois de passar por viagens longas.

Deixe a documentação em dia

A documentação é um fator essencial para que os alimentos passem por todas as fases necessárias de transporte. Em função disso, a conferência deve ser feita de maneira criteriosa, pois os órgãos fiscalizados exigem documentação específica para iniciar a permissão do transporte de cargas com alimentos.

Os papéis precisam estar em posse dos transportadores. Assim, podem ser apresentados sempre que necessário para garantir a tranquilidade do transporte e o cumprimento do prazo. Outra questão é que devem ser contratados profissionais com experiência no setor e habilitados legalmente para realizar esse tipo de serviço.

Foque no Manuseio

Outro ponto de grande relevância para o transporte de alimentos eficiente é o cuidado nas operações de carga e descarga das mercadorias. Isso porque, assim, são seguidas as regras básicas de higiene e segurança nesses processos, o que ajuda a evitar dores de cabeça com danos nas mercadorias e, consequentemente, a redução dos lucros.

Por esse motivo, os profissionais envolvidos devem estar cientes das melhores técnicas para cada tipo de produto. Uma carga de feijão, por exemplo, não requer os mesmos critérios das cargas de frutas e verduras, que dependem de protocolos mais rígidos.

Embalagens apropriadas, distribuição adequada de cargas — pesadas por baixo das mais leves —, enfim, a organização ao distribuir os itens no compartimento do veículo, entre outros fatores, são alguns cuidados de manuseio com os quais um bom transportador deve se preocupar.

Pesquise sobre as diferentes categorias

Como abordado, as regras para o transporte de alimentos mudam de acordo com o tipo de carga levada. Desse modo, fazer uma pesquisa detalhada sobre as diferentes categorias de produtos é uma prática bastante recomendada.

Isso ajudará não só na prevenção de multas, mas sobretudo na escolha do caminhão certo para cada uma delas e no alcance de um desempenho de excelência.

Como uma boa transportadora pode ajudar?

A alta demanda do mercado de transporte faz com que empresas do setor logístico estejam sempre em busca de aperfeiçoamento e estratégias que impulsionem seu crescimento no setor.

Nesse cenário, contar com uma empresa especializada em soluções de transportes é um investimento que pode agregar muito valor à performance do seu negócio. Isso porque quem trabalha exclusivamente nessa área está por dentro de todas as normas legais e recursos tecnológicos mais modernos para ajudar nas operações.

Normalmente, as transportadoras têm mais facilidade para estar sempre renovando a frota e atualizar as estratégias de atuação. Sem deixar de mencionar a otimização de custos para a empresa contratante. Boas parcerias logísticas trazem competitividade, uma vez que também impactam diretamente na satisfação do consumidor.

Independentemente do seu segmento de trabalho, com o apoio de uma transportadora conceituada, como a ABC Cargas, é possível oferecer um atendimento de alto padrão, transmitindo segurança e credibilidade para o mercado. Ademais, isso favorece o crescimento escalável da quantidade de entregas.

Há mais de 20 anos no mercado, a ABC Cargas é uma empresa que atua no cenário nacional e internacional de transporte, com o objetivo principal de atender de maneira eficiente e rentável aos mais variados padrões de qualidade exigidos pelos clientes.

Além do trabalho com cargas diversificadas — produtos químicos perigosos ou não perigosos, transporte de equipamentos, máquinas e veículos por meios próprios ou sobre prancha —, a ABC Cargas tem como compromisso:

  • controle dos riscos ocupacionais relacionados às atividades;
  • atendimento dos requisitos legais aplicados à operação do cliente;
  • desenvolvimento de uma cadeia de fornecimento que gere valor ao negócio, minimizando possíveis riscos;
  • atuação preventiva para a proteção ambiental, minimizando e controlando os aspectos ambientais de forma a prevenir a poluição; 
  • busca por melhoria contínua no desempenho de seu sistema de gestão integrado.

Além da expertise no assunto, a incorporação das tecnologias adequadas, todos os colaboradores que atuam em nome da ABC Cargas realizam suas atividades conforme os requisitos de qualidade, segurança, meio ambiente, saúde e segurança Ocupacional.

Viu como o transporte de alimentos é um trabalho delicado e bem criterioso? Para aumentar a competitividade e os resultados do seu negócio nesse mercado, a dica é ir além do preparo diferenciado de todos os envolvidos e contar com a ajuda de uma empresa especializada em soluções de transportes. 

Assim, fica muito mais simples seguir os procedimentos corretos, reduzir custos e proporcionar melhores experiências aos clientes.

Gostou do artigo? Então, agora que você já sabe como fazer o transporte de alimentos em segurança e como uma boa transportadora pode ajudar, aproveite para entrar em contato com a ABC Cargas e conhecer as melhores soluções para suas atividades.

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